A Expressão Corporal como Linguagem
A dança e os movimentos expressivos são comumente associados à expressão corporal, que, sem dúvida, é uma linguagem - entendida nesta proposta na perspectiva da enunciação.
Encontramos nos dicionários as seguintes definições para o termo expressão corporal - (1) De modo genérico, manifestação de sentimentos ou de sensações internas, tanto quanto de conteúdos mentais, por meio de movimentos representativos ou simbólicos do corpo. (2) Locução abrangente, e por isso mesmo fluida, pra indicar a prática de atividades físicas e artísticas que se afastam tanto dos esportes profissionais como dos códigos restritos de postura e movimentação corporais. Indica, portanto, uma expressão mais livre ou espontânea dos movimentos e dos gestos, ou as atitudes de prazer, de sensualidade ou de exploração representativa e visual do corpo em encenações de tipo mímico-dramático. Desvinculada das noções de rendimento ou de performance competitiva, ganhou projeção no interior dos movimentos contraculturais das décadas de 1960 e 1970, opondo-se àquelas práticas esportivas que exigem alto grau de disciplina, tensão, esforço ou ascetismo. Tem sido teorizada e utilizada em meios teatrais, pedagógicos, esotérico-religiosos (yoga, tai-chi, tantrismo) ou ainda psicanalíticos de base freudiana ou reichiana ("consciência do corpo", representação de afetos e sentimentos internos por via gestual ou corporal). Em teatro, tem servido de técnica de desenvolvimento de recursos motores e vocais, tanto quanto de improvisação (Cunha, 2003 e Vasconcellos, 2001).
Maia et all (1997) afirmam em seus estudos psicológicos, que a expressão corporal possibilita ao indivíduo manifestar-se com o corpo, e plenamente suas emoções e suas idéias; relacionar-se e integrar-se criativamente com os membros de sua sociedade; aprender a desfrutar e manejar seu corpo como uma totalidade integrada. Para que a linguagem do corpo seja totalmente compreendida, é preciso também entender a linguagem dos gestos, das atitudes e das ações. A linguagem corporal se propõe a abrir caminhos e possibilitar a representação de um mundo imaginário. Assim poderemos sentir e compreender as situações que nos são dadas na experiência, além de criar novas.
As autoras ainda afirmam que as expressões corporais revelam evidentemente muitas coisas diferentes. É o resultado, ou da busca de um objeto dotado de valor, ou de uma condição mental. Suas formas mostram a atitude da pessoa que se move numa determinada situação. Pode tanto caracterizar um estado de espírito e uma reação, como atributos mais constantes da personalidade. As expressões podem ser influenciadas pelo meio ambiente do ser que se move. Os movimentos expressivos no corpo e rosto servem como primeiro meio de comunicação entre a mãe e seu filho. Os movimentos expressivos conferem vivacidade e energia às nossas palavras faladas. Revelam os pensamentos e intenções dos outros, de modo mais verdadeiro do que o fazem as palavras, que podem ser falseadas. Por outro lado, a repressão, até onde isso for possível de todos os sinais externos, enfraquece nossas emoções. Aquele que se permite expressar por uma gesticulação violenta incrementará sua ira; aquele que não controla os sinais de medo, vivenciará esse medo em grau mais elevado; e aquele que permanece passivo, quando subjugado pelo pensar, perde sua melhor oportunidade de recuperar a elasticidade mental (Maia, 1997 et al).
NOSSO CORPO FALA
Nosso corpo fala e nós falamos com nosso corpo de diversas maneiras e em diversos níveis. O corpo pode falar por intermédio de nossas emoções, que são os "movimentos" do nosso organismo: trememos de medo, coramos de vergonha, fazemos careta de dor, etc. Estas são reações físicas, as quais exprimem os nossos sentimentos, que são traduzidos pela linguagem, o modo pelo qual concebemos e representamos esses fenômenos (Maia, 1997 et al).
Por meio das fontes de informações e o auxílio de códigos (fisiognomias e caracterologias) interpretamos como nosso corpo fala. O estudo da linguagem constitui, sem dúvida, a abordagem mais simples e a mais eficaz. Com efeito, expressões corporais do tipo esfregar as mãos, cruzar os braços, dobrar a espinha, ou derivados, como a respiração ofegante, atestam a existência de uma relação entre gestos corporais e sentimentos a eles ligados. É a linguagem silenciosa da comunicação verbal. Os gestos, expressões corporais, faciais, coloração da pele, o brilho nos olhos percebido em algumas situações, tudo isso dentro de um contexto, pode ser entendido como forma de comunicação, tanto a percepção de uma mensagem não verbal, quanto a reação da mesma podem ser conscientes ou inconscientes (Maia, 1997 et al).
Pela linguagem do corpo dissemos muitas coisas aos outros e, do mesmo modo, eles têm muito a nos dizer. Para o indivíduo se autoconstruir ele precisa ser sujeito de sua ação, princípio dinâmico de todo desenvolvimento, e só tem significado quando se comunica com o mundo. Para a construção da personalidade, este indivíduo deve assegurar e assumir as informações de suas interações com o meio. A dinâmica da ação é um movimento existencial aberto para o mundo. O corpo é modo e meio de integração do indivíduo na realidade, logo, sua expressão é carregada de significados (Maia, 1997 et al).
As posturas, as atitudes, os gestos e sobretudo o olhar exprimem melhor do que as palavras, as tendências e pulsões, bem como as emoções e sentimentos da pessoa que vive uma determinada situação, num determinado contexto. A expressão corporal nos faz tomar consciência de lembranças nostálgicas que relegamos ao mais profundo do nosso ser. Mexer-se com liberdade é exprimir nossos sentimentos mais escondidos, partilhar o que pensamos mas não sabemos dizer, reencontrar o contato com a natureza e com o outro, realizar um pouco nossa necessidade de autenticidade (Maia, 1997 et al).
A Expressão Corporal é uma forma de expressar emoções
Por meio das fontes de informações e o auxílio de códigos (fisiognomias e caracterologias) interpretamos como nosso corpo fala. O estudo da linguagem constitui, sem dúvida, a abordagem mais simples e a mais eficaz. Com efeito, expressões corporais do tipo esfregar as mãos, cruzar os braços, dobrar a espinha, ou derivados, como a respiração ofegante, atestam a existência de uma relação entre gestos corporais e sentimentos a eles ligados. É a linguagem silenciosa da comunicação verbal. Os gestos, expressões corporais, faciais, coloração da pele, o brilho nos olhos percebido em algumas situações, tudo isso dentro de um contexto, pode ser entendido como forma de comunicação, tanto a percepção de uma mensagem não verbal, quanto a reação da mesma podem ser conscientes ou inconscientes (Maia, 1997 et al).
Pela linguagem do corpo dissemos muitas coisas aos outros e, do mesmo modo, eles têm muito a nos dizer. Para o indivíduo se autoconstruir ele precisa ser sujeito de sua ação, princípio dinâmico de todo desenvolvimento, e só tem significado quando se comunica com o mundo. Para a construção da personalidade, este indivíduo deve assegurar e assumir as informações de suas interações com o meio. A dinâmica da ação é um movimento existencial aberto para o mundo. O corpo é modo e meio de integração do indivíduo na realidade, logo, sua expressão é carregada de significados (Maia, 1997 et al).
As posturas, as atitudes, os gestos e sobretudo o olhar exprimem melhor do que as palavras, as tendências e pulsões, bem como as emoções e sentimentos da pessoa que vive uma determinada situação, num determinado contexto. A expressão corporal nos faz tomar consciência de lembranças nostálgicas que relegamos ao mais profundo do nosso ser. Mexer-se com liberdade é exprimir nossos sentimentos mais escondidos, partilhar o que pensamos mas não sabemos dizer, reencontrar o contato com a natureza e com o outro, realizar um pouco nossa necessidade de autenticidade (Maia, 1997 et al).
A Expressão Corporal é uma forma de expressar emoções
Não resta dúvida de que a dança e os movimentos expressivos permitem desenvolver todas essas capacidades aqui discutidas. Propiciar ao corpo a vivência de suas múltiplas linguagens é contribuir para que nossos alunos(as) expressem qualitativamente seus sentimentos, suas idéias, sua própria essência enquanto sujeitos neste mundo. Para tratar do assunto, o professor poderá usar das mesmas estratégias vivenciadas no Ensino Fundamental, trazendo novos desafios para todo o grupo.
A avaliação se dará por meio do entendimento das discussões colocadas ao longo das vivências. A motivação e participação do grupo são fundamentais para que o tópico seja discutido de forma significativa.
FONTE:
Orientação Pedagógica: A expressão corporal como linguagem
Currículo Básico Comum - Educação Física Ensino Médio
Autor(a): Vânia de Fátima Noronha Alves
Revisão: Ronan Augusto Silva
Centro de Referência Virtual do Professor - SEE-MG/2005
Reflexão: Dia dos namorados
"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece".
"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece".